Provavelmente você já ouviu falar ou
assistiu alguma apresentação cujos bailarinos denominaram de “raksa”.
Mas afinal, o que é a raksa?
Como eu defino que uma dança é ou não
raksa? Quais os movimentos, trajes, como é a linguagem corporal e onde é
praticada?
A palavra “raksa” significa dança. Mas
qual dança?
A DANÇA (simples e ponto final)
Aquela que é feita de forma espontânea,
que faz parte das tradições e costumes, que é executada nas festas e
celebrações e que é transmitida de pais para filhos.
A raksa é a dança “solta”, a dança que
não é feita em roda, que não tem passos pré coreografados, que é livre e que
cada pessoa dança do seu jeitinho e com aquela linguagem corporal inerente aos
povos orientais da qual a dança do ventre cênica se originou.
Ela é passada de geração em geração,
através da observação e tradição oral. É muito comum de ver em casamentos e
datas comemorativas e é dançada com as músicas pops (da moda), músicas
populares, folclóricas e também nas partes dançantes das músicas mais clássicas.
Esta dança solta, livre e espontânea tem
como base a movimentação de quadril, de ombros e tronco e um gestual das mãos
muito delicados que carregam em sua linguagem o dia a dia das pessoas: o tônus
dos braços que abrem a massa para fazer o pão pita, as mãos de quem tempera o
carneiro, o ventre que carrega a vida e tem orgulho de ser a matriarca.... É
uma dança que é executada por todos, inclusive pelos homens que muitas vezes
acompanham a dança feminina com a finalidade de exaltar sua beleza e valorizar
os movimentos da mulher.
Um exemplo muito comum acontece nos
casamentos sírios e libaneses nos quais uma roda de dabke se forma e os noivos
dançam a raksa no centro da roda.
A raksa não necessariamente precisa ser
dançada de casal, é muito comum nas festas achar grupinhos de mulheres ou
mistos que dançam juntos ou até mesmo pessoas que dançam sozinhas numa entrega
completa ao momento e à música.
É executada em todo o Oriente Médio e
também em países próximos levando as vezes outro nome. Na Grécia e Turquia por
exemplo é chamada de tsifteteli/chifteteli, e o baladi no Egito nada mais é do
que uma raksa que tomou uma forma própria e específica daquele povo.
Estudar a raksa é imprescindível para
quem quer ter uma dança realmente oriental e entender as origens da dança do
ventre, o contexto do qual ela faz parte e como ela se dá in natura no seu seio
cultural. É literalmente beber da fonte, e quando fazemos isso nos apropriamos
de um conhecimento que nos permite criar nossa arte de forma autêntica ao mesmo
tempo que fidedigna às suas raízes.
Para saber mais, assista o meu vídeo
sobre este tema no meu canal do YouTube
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